“E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Apocalipse 17.5
DEVOCIONAL:
O nome Babilônia prove de Babel, que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13)
Simbolismo
1. Nome na testa: Identidade revelada.
A testa ou “frente” simboliza o fato de que todas estas religiões são ideadas pelo homem e não por Deus.
2. Mistério: Indica algo oculto ou secreto.
A palavra “mistério” separa a Babilônia espiritual da Babilônia literal
3. Babilônia, a Grande: Poder e influência mundial.
Literalmente conhecido hoje como “grande nos olhos do mundo, mas não nos olhos de Deus”.
4. Mãe das Prostitutas: Origem da corrupção espiritual.
Declara o conteúdo mesmo que estava na taça de ouro, embora pareça esplêndida no exterior.
5. Abominações da Terra: Fonte de impurezas e idolatria.
Se não for “Jesus Cristo e Ele Crucificado”, então é designado pelo Senhor como prostitutas e abominações. Desgraçadamente, isto inclui também a maioria do Cristianismo moderno.
Abominações na sua forma dinâmica de “ser como Deus” pelos próprios meios, e na sua missão de divulgar sua proposta de vida, ela se tronaram o símbolo e origem de toda rejeição a Deus: da idolatria, da falsa religiosidade e da perversidade religiosa.
Interpretações
1. Revelação da verdadeira natureza de Babilônia. A Babilônia representa a civilização que vive de acordo com a mensagem da serpente “series como Deus...” Essas palavras significam que o homem julga e orienta a sua própria vida. Fato que encontra na torre de Babel a sua materialização. Por meio dela a humanidade queria alcançar o céu. (uma felicidade sem o Criador).
2. Condenação da corrupção espiritual. Deus na sua justiça divina não permitirá a imoralidade espiritual e, portanto o condenará.
3. Origem da idolatria e imoralidade. A mãe das meretrizes, onde a Babilônia possui muitas filhas meretrizes. De fato, há civilizações bem diferentes na sua filosofia de vida ou religiosidade, porem todas têm a mesma origem, igualando-se, em essência, no que se refere à auto justificação e auto salvação.
4. Identificação da fonte do mal. A besta, a natureza animal e demoníaco, nunca teria tido muito sucesso sem a sua beleza atraente seguidora, a meretriz e das abominações.
Essa passagem revela a verdadeira identidade de Babilônia, destacando sua corrupção espiritual e influência maligna sobre as nações.
O espirito da Babilônia no sistema religioso.
As pessoas serão seduzidas pela “prostituição espiritual”, impulsionados pelo “espírito da Babilônia” (Ap 17.2). Infelizmente estamos vendo esta prostituição espiritual, já não mais somente nas igrejas paganizadas pela idolatria a ídolos mudos, mas também nas igrejas evangélicas, onde outro tipo de idolatria tem invadido o sistema religioso. Isso já era de se esperar. O espírito do mal não deixaria barato. Ele vem tentando entrar nas igrejas evangélicas já há muito tempo, e de várias maneiras. Nos tempos modernos, ele tem conseguido através do “culto ao ego”. Sim, esse culto se tornou bastante corriqueiro nos círculos mais tradicionais cristãos, onde, já não se vai mais aos templos para adorar ao Senhor Jesus, mas para ver cantor A e pregador B. O luxo da “mulher de escarlate”, tem entrado nos arraias cristãos de uma forma avassaladora. Esse culto ao ego, torna o ser humano amante de si mesmo, amante do dinheiro e amante dos deleites (2Tm 3. 2-4).
A POSIÇÃO DA IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
1. Não negociar a ortodoxia bíblica. Tenho dito que nunca estivemos tão necessitados da verdadeira exposição bíblica, correta e profunda das Escrituras que nos dias de hoje. O inimigo tem deitado e rolado em muitas igrejas. Quantas igrejas que vivem da água com açúcar das profetadas, dos malabarismos e exibicionismos dos pseudos-profetas, que, enchem templos de pessoas, porém, de corações vazios. Muito barulho e pouco conteúdo. Enquanto isso, as pautas progressistas são ensinadas nas escolas com esmeros e profundidade. Nossos filhos vêm aos cultos e se enchem de falsas esperanças e quase nada de Bíblia. Os cultos de orações se transformaram apenas em cânticos e profetadas. Falta oração e Palavra. Paulo disse a Tito: “Tu, porém, fala o que convém a sã doutrina”; “... na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade” (Tt 2.1,7). Assim, por meio do estudo sistemático e doutrinário, torna-se possível capacitar o crente para enfrentar o “espírito da Babilônia” e suas ideologias contrárias aos valores absolutos da fé cristã com mansidão, temor e boa consciência (1Pe 3.15,16).
2. Formar o caráter de Cristo. Como pentecostal, devo confessar que muitas vezes damos mais valor aos dons que ao fruto. Mas, o caráter de Cristo só é desenvolvido em nós através do fruto, e não pelos dons. Dons, o nome já diz, é dádiva, vem de fora para dentro, já o fruto, é gerado, causa transformação em nós. Lógico que isso não nos torna cidadãos impecáveis e perfeitos no sentido estrito da palavra, mas, nos faz lutadores incansáveis contra o pecado (Gl 5.16,17). O desejo de sermos santos sobrepuja os desejos pecaminosos, e não nos deixamos ser levados pelo “espírito da Babilônia”. Vejo hoje, com tristeza, dentro das igrejas, uma peleja por cargos, muitas picuinhas, fofocas da vida alheia, mentiradas rolando a soltas; tudo isso é falta da formação do caráter de Cristo no cristão. Pergunto então: Como combateremos o “espírito da Babilônia”, se não estamos conseguindo combater esses espíritos que eivam os nossos arraiais? Creio que somente o verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo, tem poder de libertar o homem de tudo isto. Não é nos fazer religiosos, mas, nos tornar libertos!
3. Aguardar a volta de Cristo. Muitos estão esperando coisas melhores através dos sistemas de governos. Porém, a igreja do Senhor, sabe muito bem, que daqui para frente às coisas somente irão se afunilando, até que chegue o momento do arrebatamento da Igreja do Senhor. Todos os sinais que precedem a vinda de Cristo, já estão em plena evidência no mundo, como: Apostasia, falsos profetas, a inversão de valores, perseguição aos verdadeiros servos de Deus, guerras, fome, pestes, terremotos, relativização da verdade, a pregação de que nada é absoluta, a promiscuidade que cada dia mais se avoluma, o ceticismo, e, sobretudo a falta de amor até entre os crentes (Mt 24.11,12).
Nós, os salvos em Jesus Cristo, somos exortados pela Palavra de Deus a vivermos uma vida de renúncia, de amor a Deus e ao próximo, de serviço ao Reino de Deus, e constante vigilância, porque o Senhor há de vir em hora que muitos hão de estar desapercebidos, como estavam as virgem loucas de Mateus 25.
ORAÇÃO:
Entende-se perfeitamente, que o “espírito da Babilônia” está atuando intensamente no mundo. Na política, na religião, no comercio, na cultura paganizada etc. Enfim, em todos os aspectos, esse maléfico espírito tem se intrometido, e deixado marcas indeléveis na sociedade. Sem sombra de dúvida, a vinda do Senhor está próxima. Convém aos santos de Deus, resistirem todo mal (2Ts 2.6,7; Hb 12.4), ensinar a doutrina ortodoxa Bíblica (Mt 28.20), formar o caráter de Cristo em seus discípulos (Gl 4.19), e manter-se santificados até a vinda do Senhor (Hb 12.14). Amem!