AS NATUREZAS HUMANA E DIVINA DE JESUS
LEITURA DIÁRIA DA EBD: Terça 11/02/2025
5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; 8 E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Filipenses 2:5-8
Filipenses 2:5-8 é um trecho bíblico que faz parte da carta do apóstolo Paulo aos filipenses. Aqui está uma explicação e um esboço do trecho:
CONTEXTO
A carta aos filipenses é uma carta de encorajamento e exortação que Paulo escreveu aos crentes da igreja de Filipos. No capítulo 2, Paulo está discutindo a importância da humildade e da obediência a Cristo.
ANÁLISE
1. "Tenham em vocês o mesmo sentir de Cristo Jesus" (versículo 5): Paulo está exortando os crentes a terem a mesma mentalidade e atitude de Cristo Jesus.
2. "Que, sendo em forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus como algo a ser apreendido" (versículo 6): Cristo Jesus, embora sendo Deus, não considerou a sua divindade como algo a ser apreendido ou mantido. (Simplesmente como ser humano não usou o que sempre foi, Deus)
3. "Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo" (versículo 7): Cristo Jesus se humilhou e se fez servo, tomando a forma de um homem.
4. "E, achado em forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (versículo 8): Cristo Jesus se humilhou até à morte, e não apenas qualquer morte, mas uma morte de cruz, que era considerada a forma mais vergonhosa e dolorosa de morte.
SIGNIFICADO TEOLÓGICO
1. A humildade de Cristo: O trecho destaca a humildade de Cristo Jesus, que se fez servo e se humilhou até à morte.
2. A encarnação: O trecho também destaca a encarnação de Cristo Jesus, que se fez homem e tomou a forma de servo. (mas nunca deixou de ter as prerrogativas de Deus, porem “se fez” humano)
3. A obediência de Cristo: O trecho enfatiza a obediência de Cristo Jesus, que se tornou obediente até à morte.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. A importância da humildade: O trecho nos ensina a importância da humildade e da obediência a Cristo.
2. A necessidade de se humilhar: O trecho nos mostra que é necessário se humilhar e se tornar obediente a Cristo.
3. O exemplo de Cristo: O trecho nos apresenta o exemplo de Cristo Jesus, que se humilhou e se fez servo para nos salvar.
REFERÊNCIAS BÍBLICAS
1. João 1:1-14
2. Colossenses 1:15-20
3. Hebreus 1:1-14
4. 2 Coríntios 8:9
CONSIDERAÇÕES:
Nos tempos apostólicos, podemos ver, em o Novo Testamento, que três foram as principais heresias combatidas pelos apóstolos, todas elas relacionadas com a pessoa de Cristo Jesus.
HERESIA JUDAIZANTE
A heresia judaizante, que levou, inclusive, à realização do chamado “Concílio de Jerusalém”, como registrado no capítulo 15 do livro de Atos dos Apóstolos. Esta heresia ensinava que a salvação não dispensa o cumprimento da lei, ou seja, não basta a fé em Jesus para que se tenha a salvação, era necessário que o que cresse em Jesus se tornasse um judeu, guardando a lei, sem o que não se salvaria (At.15:5).
Este posicionamento tornava insuficiente o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, desconsiderando, a um só tempo, tanto a Deidade quanto a humanidade de Cristo. Senão vejamos.
Ao dizer que a guarda da lei era necessária à salvação, os judaizantes negam que o sacrifício de Jesus seja suficiente para o perdão dos pecados e, por conseguinte, negam que Jesus tenha sido o homem perfeito, sem pecado, que, ao derramar o Seu sangue no Calvário, pagou o preço dos nossos pecados.
Simultaneamente, não creem que Jesus seja Deus, na medida em que é incapaz de estabelecer uma nova aliança, um novo concerto com a humanidade, superando a lei, mesmo pensamento dos judeus ao longo dos séculos, como o rabino Jacob Neusner (1932-2016), que dizia que não podia aceitar o sermão do monte pois, ao fazê-lo, teria de admitir que Jesus é Deus.
Este mesmo pensamento, aliás, foi adotado por uma heresia denominada de “ebionita”, que negava a Deidade de Jesus, surgida no século II e que perdurou até por volta do século IV, tendo seus seguidores se concentrado entre judeus habitantes da Península Arábica.
(Na leitura diária de amanhã, tem mais comentários das heresias desse assunto).