“E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir”. Apocalipse 4:8
#DEVOCIONAL:
Os quatro seres viventes, portanto, mostram como Deus se inclina, fala e Se entrega pelo mundo. Estes seres viventes, embora com características de Deus, aqui se manifestam como querubins.
Eles têm asas, demonstrando com isso que Deus age em todos os lugares e sem parar. Também o profeta Ezequiel os viu com asas indo por todas as direções.
Isso significa que Deus está em todos os lugares, ou seja, que Ele é onipresente. Não existe lugar neste mundo, tampouco qualquer coração por mais escuro que seja em que a mão misericordiosa de Deus seja incapaz de agir.
As Asas dos querubins estão cheias de olhos, ao redor e por dentro, significando que não há nenhum espaço, por menor que seja, quer nos Céus quer na Terra que esteja fora do alcance dos olhos de Deus, pois Ele é onisciente e tudo vê.
Deus é onipotente, onipresente e onisciente – e só Ele o é – vestido de glória indescritível, mesmo assim Deus se preocupa com o ser humano, e por isso diz:
“Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos.” (Isaías 57.15.
“E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas”,
A descrição pormenorizada dos quatro animais viventes, cada um com sua característica específica, tem muita importância para entendermos os próximos versículos de Apocalipse 6.1-8. Mas a figura dos seres viventes tem mais uma mensagem de grande valor para nós, pela figura das seis asas. O número seis se refere simbolicamente e de modo especial ao homem, ao homem de Deus nas suas funções terrenas. (Alguns exemplos: o homem foi criado no sexto dia. Podia trabalhar seis dias para o seu sustento terreno, Ex 20.9, Um escravo hebreu tinha de servir seis anos para ser liberado, etc.).
A figura das asas nos transmite proteção e segurança (mesmo em relação à fuga para um lugar seguro, como em Salmos 55.6-7; 139.9; Ap 12.14, etc.), é um símbolo conhecido por todo israelita (Dt 32.10-11). Jesus também se valeu das asas para expressar seu cuidado com o povo do Senhor (Mt 23.37). Em outras palavras, essa figura, que pode ser de grande consolo para o povo de Deus, ensina-nos que a criação natural está a serviço do Todo-poderoso, esta atenta aos santos em qualquer lugar do mundo. Ele os protege e os guia na direção do verdadeiro bem-estar. O homem de Deus, por conseguinte, pode viver confiante também na criação material (Sl 37.25). Estes seres foram criando não para serem adorados, mas eles adoram o seu Criador.
“E não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus”,
O trabalho contínuo desses seres é louvar, isto é, louvar a Deus e não cessar de fazê-lo dia e noite. (Is 6).
Vejamos que aqui por três vezes os seres repetem esse louvor. Encontramos diversas vezes na bíblia o número “três” que sempre simboliza a plenitude divina (como por exemplo, no caso da Trindade, Mt 28.19), ou manifestação do poder de Deus (Jn 1.17; 1Co 15.4, etc.). Neste caso repetem três vezes “Santo, Santo, Santo...” Significa um conceito separado, no sentido de estar acima de tudo conhecido em termos terrenos (Os 11.9).
“Todo-Poderoso”,
Está no seu comando tudo e todos, dele dependem toda vida, seja terrena ou espiritual. Isaías Isaías 6.3 expressa: “Senhor dos exércitos”. A referência é ao Deus verdadeiro, e o epíteto Todo-Poderoso é aquele que muitas vezes é dado a Ele. É especialmente apropriado aqui.
“Aquele que era e que é, e que há de vir”
Daquele que é eterno – abraçando toda a duração, passado, presente e por vir. Nenhuma expressão poderia denotar a eternidade mais do que isso. Ele agora existe; ele existiu no passado; ele existirá no futuro. Há uma alusão evidente aqui ao nome Yahweh, o nome pelo qual o Deus verdadeiro é designado apropriadamente nas Escrituras. Para existir, parece ter sido adotado porque denota existência, ou ser, e como denota simplesmente alguém que existe; e se refere apenas ao fato da existência. A palavra não tem variação de forma e não tem referência ao tempo, e abrangeria todo o tempo: isto é, é tão verdadeiro em um momento quanto no outro que ele existe. Tal palavra não seria inadequadamente parafraseada pela frase “quem é, quem era e quem virá” ou quem será; e não há dúvida de que João se referiu a ele aqui como sendo ele mesmo a existência eterna e não criada, e como a grande e original fonte de todo Ser.
#ORAÇÃO:
Senhor Deus ensina a te louvar mais e mais, sabemos que o louvor e um elogio a sua santidade, majestade e poder de eternidade a eternidade. Hoje venho simplesmente dizer Santo, Santo, Santo, é o Senhor. A repetição do “Santo, Santo, Santo” enfatiza a majestade e a santidade divina. É uma imagem poderosa que inspira reverência e adoração... Amém!
