“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.” Apocalipse 11.3
DEVOCIONAL:
“E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias,”
Para satisfazer a tradição da lei da época do Antigo Testamento, eram necessárias pelo menos duas testemunhas para confirmar algo (cf. Jo 8.17). Israel, o povo de Deus, por sua destinação sempre se identificou com a testemunha (Is 43.10-12; 44.8). Assim também o novo Israel, a Igreja, tem a mesma função básica (cf. Lc 24.45-48; Jo 15.27; Ef 3.10-11, etc.).
“Darei” se refere à autoridade que as duas testemunhas receberam em 11.6 e que foi anunciada pelo senhor (Mt 28.20). O próprio Jesus é a testemunha realmente perfeita e fiel (Ap 1.5), e todos que creem em Jesus Cristo Têm em si o mesmo testemunho (1 Jo 5.10). Nesse contexto, devemos lembrar que a igreja, ao celebrar a Ceia do Senhor, testemunha as duas realidades fundamentais representadas por Jesus para toa a vida cristã.
a) A comunhão com Deus Pai, com seu Filho Jesus, e com todos os irmãos espalhados por todo o mundo. Pelo pão que partimos, testemunhamos nossa identificação com o corpo de Jesus, isto é, com o Verbo de Deus (1 Co 10.17). A Palavra de Deus que aceitamos, na qual estamos unidos com uma família, no mesmo pensamento, no mesmo querer, na mesma forma de agir e na mesma esperança.
b) A salvação pela misericórdia de Deus manifestada em Jesus, representada de forma visível pelo suco da videira como símbolo do sangue; ou seja, da vida do Senhor. Não semente a liderança da igreja testemunha e anuncia Jesus Cristo, mas também toda a igreja durante todos os últimos tempos, até a volta de Jesus, em conformidade com 1 Coríntios 11.26.
“Minhas duas testemunhas.”
Deus enviará testemunhas para pregar o evangelho e profetizar a respeito do futuro; terão grande poder sobrenatural (vv. 5,6) e exercerão o seu ministério no poder do Espírito. Serão de grande ameaça ao Anticristo e a todo o mundo ímpio durante um período de 1260 dias, e neutralizarão os sinais e maravilhas dos profetas da Besta (13.13,14). As duas testemunhas têm poder como Moisés e Elias (Ml 4.5).
Muitos teólogos têm indicado que as duas testemunhas sejam Enoque e Elias, dois homens que ainda não morreram, em efeito, foram transladados antes de experimentar a morte (Gn 5.21-24; Ml 4.5-6).
As duas testemunhas mencionadas no livro do Apocalipse são frequentemente interpretadas de diferentes maneiras, mas há algumas teorias predominantes também aponta para:
Elias e Moisés: Alguns estudiosos acreditam que as duas testemunhas representam Elias (o profeta que não morreu, mas foi arrebatado) e Moisés (o líder que conduziu os israelitas pelo deserto). Essa interpretação se baseia em referências bíblicas que associam esses dois personagens a eventos miraculosos e à lei.
Muitos da igreja primitiva achavam que as duas testemunhas eram Enoque e Elias. Isso evitaria a dificuldade dos moribundos pela segunda vez, pois estes ainda nunca morreram; mas, talvez, sejam as testemunhas mortas. Ainda assim, transformar a água em sangue e as pragas (Apocalipse 11:6) aplica-se melhor a “Moisés (compare Apocalipse 15:3, a canção de Moisés”). A glória da transfiguração de Moisés e Elias não era seu estado de ressurreição permanente, o que não acontecerá até que Cristo venha para glorificar Seus santos, pois Ele tem precedência antes de todos em ascensão. Uma objeção a essa interpretação é que esses servos abençoados de Deus teriam que se submeter à morte (Apocalipse 11:7-8), e isso no caso de Moisés uma segunda vez, que Hebreus 9:27 nega.
Igreja e Israel: Outra interpretação sugere que as duas testemunhas simbolizam a Igreja (representando os crentes) e Israel (representando o povo judeu). Essa visão enfatiza a continuidade da aliança de Deus com seu povo ao longo da história.
Profetas ou Mensageiros: Alguns veem as duas testemunhas como representantes dos profetas ou mensageiros de Deus em geral. Nesse caso, eles personificam a proclamação da verdade divina e a resistência contra o mal.
Independentemente da interpretação específica, as duas testemunhas desempenham um papel importante nos eventos finais descritos no Apocalipse, incluindo sua morte, ressurreição e ascensão. É um tópico complexo e fascinante, e muitos detalhes permanecem misteriosos, e dar nomes as testemunhas ainda pode ser uma especulação, por não ter uma revelação descrita e definitiva.
“Vestidas de saco.”
Pano de Saco: Saco, em hebraico, Saq; no grego, sakkos. Sacos eram usados para armazenar e transportar mercadorias, como acontece ainda hoje. Para fabricá-los, era usado o material mais barato possível: pelo de cabras e de camelos. Tratava-se do tecido mais pobre e rústico daquela época. Por esse motivo, era também utilizado como vestimenta para manifestar figuradamente grande tristeza; por exemplo, a perda de um ente querido ou de alguma coisa de muito valor. Como vemos, ele passou a ser o símbolo de tristeza (Am 8.10) e também do arrependimento (Jn 3.5-6,8 ou Mt 11.21).
ORAÇÃO:
Queremos agradecer ao Senhor pelas as duas testemunhas, pois elas vão estar na última metade da grande tribulação, A roupa e os vestidos de cilício sugerem que à testemunha incluíra-se a Pregação de Arrependimento conforme a profecia de Isaías 37.1-2; Daniel 9.3-5. Com isso sabemos que haverá arrependimento na Grande Tribulação. Amém!